
O avião estava vazio (sem peso), na área de run-up, sem ter colocado calços na aeronave, apenas aplicado os travões. A equipe de bordo "aplicou " full power nos 4 motores, para testar os mesmos.
Como o "take-off warning" começou a alarmar, "buzinar", sinal sonoro de aviso, indicando que o avião não estava configurado para descolagem (flaps, slats, etc.), um dos funcionários, desligou o sinal de "ground sense" (um sistema de sensores que informa, os computadores, que a aeronave está no chão) para o alarme de "take-off" parar de soar.
De facto, o alarme parou de tocar. Acontece que ao desligar o sinal, puxando o "circuit breaker" (fusível), os computadores (sempre os computadores da Airbus...) entenderam que o avião estava a voar.
Numa sequência normal de operação, os computadores desactivaram todos os travões (lógica da programação do computador de bordo que evita, que o avião aterre com os travões accionados). O avião saiu com tudo, e não deu tempo aos funcionários de tomarem qualquer iniciativa, tendo em vista reduzir os motores (ou desligá-los), reactivar o CB (fusível) de "ground sense" ou aplicar travões, que também não iriam parar o avião nessas condições. A colisão com o obstáculo foi inevitável.
Com este incidente, percebe-se, o que o desligar, sem intenção, de um simples fusível num Airbus, pode ocasionar.
Este incidente, parece ter uma similaridade, com o que deve ter acontecido no Airbus da TAM, em Congonhas, no maior acidente aéreo do Brasil.
Conclui-se, que o comandante, no Airbus, tem que pilotar, concentrado no computador, e tentar, não deixar que o mesmo assuma o comando em momentos decisivos.
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